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Central Fácil faz com que a abertura de micro e pequenas empresas fique menos burocrática. Criação do empreendedor individual aumenta a demanda pelo serviço
Da Redação
Faltam menos de 20 dias para Giuliana Nunez, de 19 anos, ser reconhecida legalmente como microempresária. Na prática, porém, ela já atuava dessa forma desde o ano passado, quando, ao lado da sócia Larissa Tanaka, de 23 anos, criou um estúdio fotográfico especializado em moda, batizado de Pix Photos.
Para aperfeiçoar o negócio, conquistar clientes maiores e emitir notas fiscais, as duas sócias decidiram formalizar o estúdio como uma empresa, processo que está sendo efetuado pela Central Fácil do Sebrae. “Desde de que iniciamos a legalização da Pix, só precisei ir três vezes ao Sebrae para fazer alguns ajustes em nossos documentos. Daqui a alguns dias, na próxima vez que eu for até lá, será só para pegar o nosso CNPJ”, conta Giuliana, que informa ter desembolsado R$ 80 reais na formalização da empresa.
Implementada no Paraná em 1998, a Central Fácil reúne em um ambiente (no caso, o Sebrae, mas também as Ruas da Cidadania de Curitiba, por meio do programa Profissão Empresário) diversas entidades como Junta Comercial, Prefeitura, Receita Federal e Corpo de Bombeiros, que são responsáveis por emitir documentos como o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), alvará de funcionamento e registro de contrato social. “Antes da criação da Central Fácil, as pessoas perdiam muito tempo indo de entidade em entidade para obter seus documentos”, aponta a coordenadora da Central Fácil, Juliana Schvenger. “Isso gerava custos burocráticos altos e muitas pessoas até desistiam das legalizações no meio do caminho.”
Hoje, se todos os requisitos técnicos estiverem certos, um processo pode ser concluído em até 20 dias úteis, ao custo médio de R$ 100, no caso de empresas que não desenvolvam atividades de risco. Nos casos que necessitam de vistorias adicionais do Corpo de Bombeiros, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Vigilância Sanitária, o processo se estende por 30 a 40 dias, a um custo aproximado de R$ 200.
Sobre a economia que a Central Fácil proporciona, o administrador Rafael Casagrande, 36 anos, lembra que, no ano passado, ao abrir sua empresa de consultoria de marketing, deixou de gastar cerca de dois salários mínimos só com a dispensa do serviço de um contador. “Com as orientações que são passadas e a facilidade do sistema, as coisas só dependem de você”, garante.
Empreendedor individual
Diariamente, cerca de 200 pessoas são atendidas na Central Fácil do Sebrae em Curitiba. Segundo Juliana, o movimento cresceu bastante a partir de julho, quando muitos passaram a procurar o Sebrae também para se enquadrar na nova figura do “empreendedor individual”. Quanto à regularização das micro e pequenas, a coordenadora informa que, de janeiro a julho deste ano, já foram registradas 1,5 mil empresas pela Central Fácil em Curitiba. “A expectativa é superarmos o número de 2,3 mil empresas abertas no ano passado”, estima.
Fonte: Gazeta do Povo
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