quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Pequenos comerciantes recorrem a cartões para ampliar vendas

Notícias

 

Formalização abre caminho para crescimento de mercado de profissionais autônomos

Regina Mamede

 

André Telles

Pipoqueiro Nelsinho

((excluir))

 

Rio de Janeiro – Cartões de crédito e débito têm sido, cada vez mais, instrumentos comuns a mercados informais e que movimentam o comércio. É o caso do pipoqueiro Antônio Nélson Gonçalves, mais conhecido como Nelsinho da Pipoca. “Depois do carnaval, começo a oferecer pagamento através de cartão”, vai logo avisando.

 

Com uma carrocinha na Cinelândia, centro comercial do Rio, ele começou a chamar a atenção ao criar o Disk Pipoca para atender quem não podia sair do trabalho e sem cobrar um centavo a mais por isso. Pipoca com bacon, leite condensado e pitadas de canela são algumas das opções. “Olha, mais de 20 pessoas já me falaram sobre o pagamento com cartão. Como sempre procuro atender aos pedidos dos clientes, vou aderir”, afirma.

 

A tecnologia já faz parte do dia a dia do negócio do pipoqueiro. O empresário mantém um cadastro atualizado dos clientes na internet, que inclui, além de pessoas físicas, cerca de 35 empresas, onde detalha até o gosto de cada um. Nelsinho já criou um blog, usa o Twitter para dar informações fresquinhas e planeja comprar um netbook para dar informações em tempo real.

 

O comerciante Jorge Eduardo Ribeiro Ramos, dono de uma pet shop instalada na Rocinha, já oferece esse tipo de pagamento como opção. O que é uma prática normal no comércio representa para este empresário uma imensa conquista, resultado da formalização do negócio. Em 1º de julho de 2009, quando entrou em vigor o Empreendor Individual, Jorge amanheceu na fila de atendimento do posto do Sebrae da Rocinha e foi o primeiro a ser registrado.

 

“Tenho muitos clientes de alto poder aquisitivo na vizinhança e eles me encomendavam rações e medicamentos. Nunca deixei de atendê-los, mesmo pagando até 40% mais caro pelos produtos. Com o Cadastro Nacional de Pessoa Física (CNPJ), minha margem de lucro aumentou muito e ainda posso fazer estoque”, comemora.

 

Neste período, ele abriu uma loja em São Conrado, bairro vizinho à comunidade onde mora, e ainda planeja outro ponto em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Faturando cerca de R$ 8 mil por mês, ele já não se enquadra como empresário individual, previsto para quem ganha até R$ 36 mil por ano. “Graças a Deus, meu negócio cresceu e, com o cartão, vou faturar ainda mais. Não vou mais perder um cliente, porque ele não tem dinheiro na carteira no momento da compra”, resume.

 

Serviço:

Sebrae do Rio de Janeiro – (21) 2212 7971
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
www.agenciasebrae.com.br

 

Fonte: Agência Sebrae

 

 

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