Notícias
Internos que trabalham com artesanato recebem informações do Sebrae sobre direitos e deveres do Empreendedor Individual
Renata Smith
Itabuna - Uma palestra interativa e motivacional renovou as esperanças de um futuro melhor para os internos do Conjunto Penal de Itabuna, no sul da Bahia, ao apresentar respostas para todas as questões sobre a formalização do Empreendedor Individual. Realizada pelo consultor do Sebrae, Eduardo Guimarães, a atividade foi dirigida, inicialmente, a 50 internos dos 747 que formam a população carcerária da unidade. O grupo atendido já produz e gera renda com artesanatos à base de piaçava, palha, madeira e papel, que se transformam em bolsas, objetos de decoração, brinquedos e até em peças feitas com a aplicação da técnica oriental do origami.
“O resultado foi muito positivo. Os internos participaram, tirando muitas dúvidas e relatando suas experiências pessoais”, avalia o consultor. Na plateia estava André Dias, de 36 anos, que já produz artesanato há seis anos e obtém renda média de R$
Outro exemplo de quem já está em regime semi-aberto e perto de sair (em dois anos) é Justino da Cruz Santana, de 55 anos, que tem cinco filhos. Ele afirma obter renda média de R$
Programas de capacitação
Além do artesanato, os internos do Conjunto Penal de Itabuna estão integrados a outros programas de capacitação - cursos de cabeleireiro, informática, panificação e pedreiro - e programas educacionais como alfabetização, supletivo e acesso à biblioteca da unidade. Os projetos são mantidos em parceria com órgãos públicos, ONGs e empresas privadas. “Essas atividades têm caráter ressocializador, no sentido de gerar renda, combater a ociosidade, estimular a criatividade e promover a auto-estima”, esclarece a terapeuta ocupacional Camila Nascimento.
Sobre a viabilidade legal de formalização dos internos, o diretor do presídio, Nivaldo Mascarenhas, explica “que, pela lei, não há impedimento para que os internos possam se tornar empreendedores individuais, exceção apenas para o caso dos que recebem auxílio-reclusão, pago pelo governo. Esses teriam que abrir mão do benefício para se formalizar”. Ainda segundo o diretor, depois de legalizados eles já poderiam começar a atuar, produzindo internamente e vendendo fora da prisão com a ajuda de terceiros, como já ocorre atualmente.
O coordenador regional do Sebrae, Renato Lisboa, afirma que agora vai aguardar posição da direção da unidade com o balanço dos interessados para que a formalização seja efetivada e da solicitação de retorno dos consultores para novas palestras.
Serviço:
Sebrae na Bahia - (71) 3320-4367
Central de Relacionamento Sebrae - 0800 570 0800
Fonte: Agência Sebrae
Nenhum comentário:
Postar um comentário