segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Empreendedor Individual cria máquina para embalagens

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Criação de ferramenta tem precisão de uma máquina industrial, permite que uma única pessoa produza cerca de 200 peças diárias, pesa apenas 1 kg e dispensa a energia elétrica

 

Regina Mamede

Rio de Janeiro - Estampar sacolas foi a alternativa que Paulo César Alves encontrou para sobreviver quando perdeu o emprego há quatro anos. Como tinha domínio do processo da serigrafia, conquistou clientes no Rio de Janeiro com um trabalho único, mas só conseguia produzir cerca de 20 peças por dia. “Queria comprar uma máquina para fazer os vincos e aumentar a produção, mas levei um susto quando vi que precisava desembolsar em torno de R$ 4 mil reais. Sem crédito, apelei para o jeitinho brasileiro’, brinca ele.

 

O tal ‘jeitinho’ resultou em uma invenção muito simples, mas que ele prefere não entrar em detalhes até ter segurança de que é dono de todo o processo. Mas adianta que a técnica que desenvolveu tem muitas vantagens: permite que uma única pessoa produza cerca de 200 peças diárias, pesa apenas 1 kg contra 17 kg da máquina industrial e dispensa a energia elétrica.

 

O diferencial mais importante dessa ferramenta, destaca ele, é que, fazendo pequenos ajustes, é possível fazer vincos para diferentes tamanhos de embalagens. Com mais possibilidades, passou também a fabricar outros artigos como caixas, porta-retratos e risque-rabisque. “Faço muitos modelos diferente e se tivesse que comprar uma faca para cada dobra, já teria que ter investido mais de R$ 80 mil”.

 

Formalização

Animado com a perspectiva de crescimento, ele se formalizou como Empreendedor Individual em fevereiro de 2010. Com o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), procurou o Sebrae no Rio de Janeiro em busca de orientação empresarial e acabou por ser beneficiado também pelo programa Bônus Propriedade Intelectual (Bônus PI) que, em parceria com a Rede de Tecnologia, oferece serviços subsidiados de proteção à propriedade intelectual para empresas.

 

“Estava tão focado no produto, que não percebi que o meu maior bem era a própria ferramenta. Já estou negociando uma parceria com um escritório de designer para comercializar a prensa. O preço inicial está estimado em cerca de R$ 400 mil. Imagine a diferença que isso poderia fazer para  uma cooperativa”, exemplifica.

 

O sonho dele é viver da venda da ferramenta e ensinar o ofício. A mulher, Luciana Gomes de Oliveira, quer abrir uma loja. “Ela desenvolve modelos e cria detalhes lindos que valorizam as embalagens. Há algum tempo, a gente tinha dificuldade até para sair de Jacarepaguá (bairro da zona oeste da cidade) e vender o nosso trabalho em outros bairros. Hoje, já recebemos encomendas para desenvolver caixas de joias. O  trabalho está crescendo muito e penso até em exportar”.

 

Como ainda não tem verba para ter seu próprio espaço de exposição virtual, Paulo explica que para visualizar sua obra, basta digitar o endereço celuartesanal@hotmail.com em um site de busca.

 

Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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Sebrae no Rio de Janeiro: (21) 2212-7971

Celuartesanal: (21) 2443-3164

 

Fonte: Agência Sebrae

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