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Estudo divulgado
Beth Matias e Clara Favilla
Cerca de 400 mil trabalhadores por conta própria já se formalizaram via Empreendedor Individual
O Índice da Economia Subterrânea divulgado nesta quarta-feira (21),
“Esses avanços normativos estão mudando a face da economia brasileira. Os estímulos são tantos para que a formalização aconteça, que, dentro de alguns anos só permanecerão na informalidade aqueles que trabalham por conta própria e auferem rendimentos esporádicos muito pequenos ou aqueles ligados à atividades ilegais, como a pirataria”, afirmou o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
Em
O Índice da Economia Subterrânea foi elaborado a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É considerada economia subterrânea a produção de bens e serviços deliberadamente não reportada aos governos com o objetivo de sonegar impostos, evadir contribuições para a seguridade social, evadir o cumprimento de leis e regulamentações trabalhistas e evitar custos decorrentes do cumprimento de normas aplicáveis na atividade.
Outra variável em favor do aumento da formalização da economia foi o aumento da fiscalização. Além disso, o crescimento da economia e a globalização obrigaram empresas a se tornarem mais competitivas no mercado interno e externo. “O aumento no volume de crédito disponibilizado para o trabalhador criou uma pressão por formalização das relações de trabalho”, explicou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Ibre/FGV e responsável pelo estudo.
“Em termos relativos, a queda foi mais significativa do que em termos absolutos. Isso porque, nos últimos anos, o PIB brasileiro dobrou de tamanho”, ressaltou. Em 2008 o percentual médio dos trabalhadores sem carteira assinada foi de 22,8% e a renda destes trabalhadores representou 14,9% do PIB.
Apesar da queda, o problema da economia subterrânea ainda é grave. “Estamos falando de quase R$ 600 bilhões que ficam à margem da economia formal brasileira. Para dar uma idéia da gravidade desse problema, basta lembrar que a economia subterrânea do Brasil supera toda a economia da Argentina”, ressalta André Franco Montoro Filho, diretor executivo do Etco.
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Fonte: Agência Sebrae
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