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A partir da formalização como EI, profissionais com ideias inovadoras crescem e trasformam negócio em microempresa
· Mariana Flores
O brasiliense Gustavo de Castro Dudu agora tem microempresa
Brasília - Inicialmente formalizado como Empreendedor Individual (EI), o brasiliense Gustavo de Castro Dudu, de 19 anos, migrou recentemente para a categoria Microempresa. A demanda pelos pães integrais da Nutry Pan cresceu tanto que ele sentiu necessidade de expandir o negócio. O faturamento extrapolou o limite estipulado para EI, de R$ 36 mil por ano, e Gustavo passou a ser enquadrado na faixa que considera o valor de até R$ 240 mil anual.
Sebrae realiza 3ª Semana do Empreendedor Individual
Para ajudar 1,2 milhão de empreendedores individuais a expandir seus negócios, assim como ocorreu com Gustavo, o Sebrae vai promover ao longo desta semana a 3ª Semana do Empreendedor Individual. O evento será realizado em cidades de todas as unidades da federação desta segunda (27) até o próximo sábado (2). O foco na 3ª edição é capacitar os formalizados como EI para que alcancem sustentabilidade em seus negócios. A instituição vai montar tendas em espaços públicos com grande circulação de pessoas, onde serão ministrados cursos e palestras gratuitos, além de atendimentos individuais do Sebrae e de instituições parceiras, como bancos públicos, Receita Federal e governos estaduais e municipais.
A figura jurídica do EI foi regulamentada há dois anos com objetivo de formalizar os trabalhadores por conta própria que contam com, no máximo, um funcionário. Com a migração para microempresa, Gustavo passou a ter o direito de contratar mais de um funcionário. Hoje já são cinco empregados na empresa, além de cinco revendedores.
Procura
“Está aumentando muito a procura. Temos 36 clientes fixos, entre restaurantes, supermercados e lanchonetes de todo o Distrito Federal. Ultrapassei o limite e fui obrigado a migrar. Se continuasse como Empreendedor Individual, estaria me prendendo, me impedindo de crescer”, conta. Gustavo conta que a expansão vai ajudá-lo a tomar empréstimos em valores mais elevados. O dinheiro será utilizado para reformar a fábrica de pães e para aquisição de novas máquinas.
A abertura do negócio, há três anos, foi uma iniciativa arriscada, já que Gustavo, que trabalhava como administrador de redes, nunca havia feito um pão na vida. A ideia surgiu quando conheceu sua mulher, Queila de Castilho, de 23 anos, que tinha aprendido a fazer pães. Mesmo sem experiência, ele decidiu pedir demissão da empresa em que trabalhava e investir no negócio. Foram necessários empréstimos para comprar máquinas e equipamentos. “Aprendi na marra a fazer pão. Nos primeiros meses, perdia quase a metade da produção porque sempre errava muito”, conta, rindo. A produção diária saltou de 300 pães para mais de mil. Aos domingos, Gustavo e Queila chegam a fazer 1,5 mil pães.
Assinatura de flores
O ingresso no mundo dos negócios também se deu por meio da figura do Empreendedor Individual no caso de Alessandra Alves. Funcionária de lojas do varejo há 20 anos, ela resolveu abrir o próprio negócio em fevereiro deste ano e se formalizou como empreendedora individual. A ideia inicial era montar um site de assinatura de flores. “Assim como as pessoas fazem com as revistas, poderão assinar flores. Semanalmente, receberão arranjos personalizados em suas casas”, explica.
Mas a expectativa otimista em relação ao site, que deverá ser lançado até o início de julho, é tão grande que Alessandra decidiu abrir paralelamente uma loja física para sua empresa, a Boutique de flores Elegance. Com esta decisão, teve que migrar para uma faixa de faturamento acima, a de microempresa. Segundo ela, a mudança foi necessária para que pudesse ter acesso a valores mais elevados de crédito. “Se continuasse como EI, não iria conseguir um valor alto de empréstimo e talvez não montasse a loja, o que me limitaria muito”, conta a empresária, que dentro de três meses deve inaugurar a loja.
Serviço
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Fonte: Agência Sebrae
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