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Bancos já discutem como operar com a nova clientela e a necessidade de proporcionar educação financeira para os tomadores de recursos
Sandra Motta
Alessandro Chaves, gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae em Minas Gerais
Especialistas reunidos nesta quinta-feira (02) no Fórum de Varejo C4, congresso do setor de cartões e crédito realizado
O gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae
“Os bancos públicos já oferecem pacotes para o segmento, com isenção ou redução de tarifas, e percebemos que os bancos privados, nacionais e estrangeiros, também estão buscando compreender melhor como funciona o EI e saber como poderão operar com ele”, ressalta Chaves. “O empreendedor individual hoje não está organizado, mas boa parte está dentro do sistema financeiro como pessoa física. Se os bancos forem parceiros do Sebrae no trabalho de informar esse público, certamente o número de formalizações crescerá mais rapidamente”, ressalta.
Jerônimo Rafael Ramos, superintendente da área de Microcrédito do Santander acredita que a formalização fortalece a relação do banco com o empreendedor e diz que oferecerá a esse público produtos e serviços adequados ao seu perfil. Ramos estima que dos R$ 700 milhões aplicados nos últimos oito anos em microcrédito pelo Santander, que empresta até o limite de R$ 15 mil, com valor médio de R$ 1,3 mil por operação, uma fatia de 4% já é direcionada a clientes que se formalizaram pelo EI, percentual que deve pelo menos dobrar ainda em 2010. “O crescimento tende a ser exponencial. Vamos acompanhar isso, porém sempre associando ao crédito à educação financeira, com a concessão de recursos na dose certa para cada cliente, para que a relação com os empreendedores seja sustentável”, acrescenta.
Juliana Paz, da Agência Nacional de Desenvolvimento Empresarial (Ande), braço microfinanceiro da Visão Mundial, ONG que atua em mais de 100 países e no Brasil está presente em sete estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais, também destaca a importância da educação financeira. Ela explica que, no trabalho da entidade, junto com o microcrédito vêm serviços não financeiros que são até mais importantes: ajudar o empreendedor a se capacitar, se formalizar, aprender a controlar melhor despesas e receitas e evitar o endividamento excessivo.
Outros pontos importantes na estratégia de concessão de crédito aos empreendedores que saem da informalidade, segundo a professora da USP e representante do Centro de Microfinanças da FGV, Tânia Christopoulos, serão o desenvolvimento de tecnologias de meios de pagamento voltadas para a baixa renda, a expansão adequada da rede de correspondentes (estabelecimentos comerciais autorizados a prestar serviços financeiros para os bancos), capacitação dos empreendedores e a formação de agentes de crédito.
Serviço:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 8118 9821 e (61) 9977 9529
Sebrae
Fonte: Agência Sebrae
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