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Programas do Sebrae procuram dar sustentabilidade para que empreendedores possam deixar o benefício
Mariana Flores
Pâmela dos Santos Jesus
Salvador - Formalizada como empreendedora individual há apenas quatro meses, a varejista Pâmela dos Santos Jesus, moradora de Feira de Santana (BA), já sentiu uma melhora nos negócios depois da legalização. No entanto, apesar de já ganhar cerca de R$ 1 mil por mês, ela não se sente segura para abrir mão dos R$ 132 que recebe como benefício do Bolsa Família. Além da baiana Pâmela, outros 102.626 participantes do programa de transferência de renda do governo se cadastraram como empreendedores individuais (EI), trabalhadores por conta própria que recebem até R$ 60 mil por ano.
O Sebrae promoveu na manhã desta segunda-feira (6), em Salvador, um evento para apresentação dos números e lançamento da cartilha ‘O Empreendedor Individual e o Programa Bolsa Família – Uma Oportunidade para Crescer’. Para ajudar no desenvolvimento desses negócios, a instituição oferece capacitações e cursos, além de atendimento desses empreendedores com os programas Negócio a Negócio e Sebrae Empreendedor Individual (SEI).
“A gente deseja aumentar a formalização e melhorar a qualidade dos formalizados. Queremos negócios com maior longevidade. Vamos verificar se os empreendimentos têm sustentabilidade e oferecer para os empreendedores oficinas e cursos específicos”, afirmou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, durante a cerimônia.
O objetivo é ajudar os empreendedores que, assim como Pâmela, querem crescer. A baiana sonha comprar um imóvel. “Desde que me formalizei, os negócios melhoraram muito, comecei a aceitar pagamento com cartão de crédito e agora estou juntando dinheiro para adquirir uma loja e não precisar mais pagar aluguel”, conta.
Exemplos como o de Pâmela, derrubam o preconceito de que os beneficiários se acomodam quando recebem o Bolsa Família, na opinião do secretário para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Miséria (MDS), Tiago Falcão. “Isso demonstra o espírito empreendedor daqueles que foram tradicionalmente excluídos dos programas e das políticas. Quando a gente dá oportunidade, as pessoas sabem aproveitá-las a fundo. Isso acaba com a ideia de que o beneficiário é encostado. Mais de 75% deles trabalham ou estão procurando emprego”, contou.
Segundo Falcão, a formalização como EI é uma das possibilidades para que os 16,2 milhões de brasileiros que recebem menos de R$ 70 per capita por mês possam deixar a situação de extrema pobreza.
O lançamento da cartilha foi feito na Bahia porque o estado tem o maior volume de beneficiários do Bolsa Família que se legalizaram como EI. “São pessoas que estão se formalizando para buscar uma alternativa para suas vidas. São mais de 15 mil empreendedores que recebem o benefício, o que equivale a 10% dos empreendedores individuais do estado”, afirmou o superintendente do Sebrae na Bahia, Edival Passos.
Programas do Sebrae
Os programas Negócio a Negócio e SEI foram apresentados como ideais para atender os empreendedores individuais. Dos 102 mil empreendedores que recebem o Bolsa Família, 20 mil já foram atendidos pelo Negócio a Negócio, que consiste na visita de agentes de orientação empresarial aos estabelecimentos. O agente faz um diagnóstico da situação de cada negócio e dá dicas para melhorar a gestão. O SEI possui sete soluções para atendimento exclusivo a empreendedores individuais.
Fonte: Agência Sebrae
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