Documento lançado nesta segunda-feira (6) mostra a beneficiários do programa Bolsa Família vantagens de se formalizar como empreendedor individual
Mariana Flores
Presidente do Sebrae, Luiz Barretto, durante o evento
Salvador - Para apresentar as facilidades e os benefícios de atuar formalmente como Empreendedor Individual (EI), o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) lançaram nesta segunda-feira (6), em Salvador, a cartilha ‘O Empreendedor Individual e o Programa Bolsa Família – Uma Oportunidade para Crescer’. Em 2011, o Sebrae firmou parceria com o MDS para combater a pobreza e incluir o empreendedorismo no Plano Brasil Sem Miséria, que engloba transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. Os exemplares da cartilha serão distribuídos nas unidades estaduais do Sebrae.
Uma das finalidades da cartilha é informar aos empreendedores que quem se formaliza como EI não é excluído do Bolsa Família. “O Sebrae tem como meta permitir que os empreendedores possam abdicar no futuro de serem bolsistas, mas só depois que seus negócios tiverem sustentabilidade”, afirmou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Essa foi a primeira pergunta que a empreendedora individual Edna dos Santos fez, quando desistiu de trabalhar para os outros e abriu seu próprio negócio. “Eu disse: tenho uma Bolsa Família e não gostaria de perdê-la. Se não perder, quero me formalizar”, contou a manicure de Salvador, mãe de cinco filhos, que se regularizou em 2010. Há oito anos, ela recebe o benefício do governo. O sonho de Edna agora é abrir um segundo salão na capital baiana.
A idéia do Sebrae ao lançar a cartilha é mostrar que a legalização representa oportunidade para que o profissional progrida economicamente. Podem se formalizar os trabalhadores por conta própria com renda anual de até R$ 60 mil.
Fluxo de caixa
A formalização como empreendedora individual ajudou a cabeleireira baiana Maria Lúcia Amparo dos Santos, de 49 anos, a melhorar a gestão de seu negócio. Há um ano, ela se cadastrou como EI e passou a fazer cursos do Sebrae. Um deles foi o que ensinou a lidar com o fluxo de caixa. Com ele, Maria Lúcia aprendeu a não misturar o dinheiro da empresa com as contas pessoais.
“Descobri como lidar com meu dinheiro e espero melhorar minha renda nos próximos meses”, informa a empreendedora de Salvador, que atende cerca de 20 clientes todos os meses em suas casas. Por mês, Maria Lúcia fatura cerca de R$ 1 mil. A renda ainda é baixa para que a mãe de quatro filhos queira dispensar os R$ 70 que recebe mensalmente do Bolsa Família.
Os empreendedores individuais que vierem a abrir mão do Bolsa Família terão prioridade na retomada do benefício, se precisarem recorrer a ele de novo. Podem participar do programa do governo federal as famílias com renda mensal per capita de até R$ 140 por mês. “Os que solicitarem o desligamento do Bolsa Família e depois quiserem voltar poderão receber sem qualquer burocracia”, garantiu o secretário para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão.
Caminho
A cartilha mostra que o empreendedorismo pode ser um caminho para aumentar a inclusão produtiva no país. Além de apresentar o programa Empreendedor Individual como forma rápida e sem custos de ajudar os brasileiros a abrir um pequeno negócio, são apresentados cursos e treinamentos que o Sebrae oferece ao segmento.
A publicação possui 15 páginas e linguagem simples. Tem como público-alvo os atuais 102 mil empreendedores individuais beneficiários do Bolsa Família. Desse volume, 20 mil já receberam atendimento do Sebrae por meio do programa Negócio a Negócio, que leva consultoria gratuita e personalizada para melhorar a gestão das micro e pequenas empresas e do EI.
Fonte: Agência Sebrae
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