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Pesquisa mostra que formalização aumenta compras do governo e da iniciativa privada
Mariana Flores
Brasília - A formalização como empreendedor individual (EI) garante aumento nas vendas dos trabalhadores por conta própria. Uma pesquisa feita pelo Sebrae com esses profissionais na Bahia mostra que, depois de obterem o registro, o volume de quem vende para pessoas jurídicas aumentou 78%. Já os que realizam negócios com o governo tiveram crescimento de 66%. O acréscimo se deve à possibilidade de emitirem nota fiscal, o que eleva a demanda de seus produtos pelo governo e por outras empresas. No entanto, mesmo os EI que comercializam para pessoas físicas também cresceram – as vendas deles aumentaram 10%.
A pesquisa Mercado do Empreendedor Individual da Bahia reúne informações de 152 EI. Ao todo, o estado possui mais de 171 mil trabalhadores registrados na categoria. Esse levantamento é um projeto-piloto de uma pesquisa que o Sebrae vai realizar em todo o país. “Nosso objetivo é entender de forma mais detalhada o universo dos mais de 2,2 milhões de empreendedores formalizados desde meados de 2009. Além dessas informações apoiarem a construção de estratégias de atuação do Sebrae para melhor atender suas necessidades, esse conhecimento vai facilitar o acesso deles a mercados e serviços financeiros, como crédito”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
A pesquisa mostra ainda que os empreendedores precisam profissionalizar a gestão financeira de seus negócios. Dos entrevistados, 57% calculam a margem de lucro; 51% analisam os preços dos concorrentes; e apenas 37% analisam seus gastos. Os dados mostram que 40,7% fazem pesquisa e escolhem as melhores condições para as compras e 3,3% se associam a outros compradores para obter melhores preços. Mas, 46,7% dos empreendedores compram sempre dos mesmos fornecedores, sem fazer pesquisa de preço. Os 9,3% restantes não fazem aquisições para a empresa. Dos entrevistados, 60% pagam aos fornecedores à vista. Outros 21% pagam com cartão de crédito e 19% com cheque pré-datado ou carnê.
Entre os desafios para o Sebrae ajudar a desenvolver a atividade dos EI estão trabalhar junto às instituições financeiras para elevar a oferta de crédito para a categoria, capacitar os empreendedores para a formação dos preços de seus produtos e serviços e para a negociação com os fornecedores. Entre outras medidas, a instituição também os estimula a vender para o setor público.
Os EI são trabalhadores por conta própria que se formalizam e passam a emitir nota fiscal, além de contar com benefícios da Previdência Social, entre outras vantagens. Para se formalizar, o profissional deve faturar até R$ 60 mil por ano. Além de aumentar as vendas, a formalização facilita o acesso dos EI às instituições financeiras. Segundo os empreendedores ouvidos pelo Sebrae, a abertura de uma conta bancária permite que o estabelecimento aceite pagamentos com cartão de crédito, abre as portas para a obtenção de financiamentos e empréstimos e permite a emissão de boletos para cobranças.
Dos entrevistados, 58,6% têm um ponto fixo para vender seus produtos ou serviços. Outros 3,2% vendem pela internet ou pelo telefone. A pesquisa apurou ainda que de cada 100 EI, 85 pretendem crescer e virar microempresa. Dos entrevistados, 27% não faz qualquer divulgação de sua empresa. Entre os que fazem, a propaganda boca a boca é o método mais utilizado. A pesquisa pode ser acessada no endereço:http://www.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-mercados/sebrae-mercado/estudos-de-mercado/sondagem_mercado.pdf.
Serviço:
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Fonte: Agência Sebrae
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