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Em 2012, Sebrae espera aumento nos registros em decorrência dos novos limites de faturamento da categoria
Maria Clara Lima
Salvador - Até novembro deste ano, 70,2 mil trabalhadores por conta própria formalizaram-se no estado Bahia como empreendedores individuais (EI). “O principal fator que contribuiu para isso foi a redução da alíquota do INSS de 11% para 5% em maio deste ano”, explica Mariana Cruz, analista do EI no Sebrae na Bahia.
A unidade federada ocupa o quarto lugar no ranking nacional com mais de 150 mil EI, atrás somente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, segundo dados do Portal do Empreendedor. A tendência é que o número de formalizações aumente ainda mais, segundo Mariana. “Um dos motivos é a ampliação da faixa de faturamento anual da categoria, que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil”, indica. A medida foi sancionada este ano pelo Governo Federal e entra em vigor a partir de 1º de janeiro 2012. “O aumento do limite vai estimular a formalização, porque quem fatura nessa faixa poderá se formalizar gratuitamente e terá uma parte contábil mais simplificada, com um imposto mais baixo e um valor fixo por mês”, diz a analista.
Além de promover as formalizações, o Sebrae na Bahia investiu
Para se tornar um Empreendedor Individual basta se cadastrar gratuitamente no Portal do Empreendedor. O custo mensal é de apenas 5% do salário mínimo para o INSS; mais R$ 5 de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), para prestadores de serviços, ou mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no caso de indústria e comércio. Entre os benefícios da formalização estão a cobertura previdenciária, o acesso a serviços bancários e a contratação de até um funcionário com custo menor.
Neide Balbino é uma das 150 mil EI da Bahia. Ela é proprietária do salão de beleza Realce Cabeleireiro há 25 anos. Há dois se registrou como Empreendedora Individual (EI). “Melhorou em muitas coisas a minha vida, como na hora de comprar produtos, preencher cadastros, no relacionamento com os fornecedores e no atendimento no banco. Até a gente se vê diferente”, diz.
Neide foi a primeira cabeleireira de Paulo Afonso a se registrar no programa e conta que novas oportunidades de trabalho surgiram com a formalização. “Agora em outubro eu fiz um serviço para o Serviços Social do Comércio (Sesc). Eles precisavam de um cabeleireiro que desse nota fiscal. Eu só pude fazer esse trabalho porque me formalizei”, orgulha-se.
Serviço
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Fonte: Agência Sebrae
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