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Levantamento do Sebrae mostra quem são, onde estão, como trabalham, sexo e a idade dos profissionais formalizados
Dilma Tavares
Brasília - Levantamento do Sebrae sobre os empreendedores individuais feito com base nos dados do Portal do Empreendedor traça uma radiografia desse público, evidencia impactos positivos do programa e abre espaço para a orientação de políticas públicas. Um dos dados mostra que 6.289 empreendedores individuais já ultrapassaram o teto de R$ 36 mil por ano e viraram microempresa, com faturamento de até R$ 240 mil. Outro dado: dos 526.234 empreendedores individuais que entregaram a declaração de receita até 15 de março deste ano,19.570 contrataram empregados, ou seja, geraram 19.570 empregos com carteira assinada – cada empreendedor individual pode ter um empregado.
Onde estão
De acordo com o levantamento, a maioria dos empreendedores individuais está em São Paulo (20,71%). Os outros cinco estados com maior número de formalizações são Rio de Janeiro (13,04%), Minas Gerais (9,73%), Bahia (9,32%), Rio Grande do Sul (5,56%) e Paraná (5,27%).
Quem são
Em todas as regiões, vendedores de roupa e cabeleireiros lideram as formalizações. Mas a lista é integrada por diversas outras atividades como donos de bares, lanchonetes e similares; costureiras; pedreiros; eletricistas; pintores de parede; donos de mini mercados, mercearias e afins; serviços ambulantes de alimentação; serviços de reparação e manutenção de computadores e periféricos; fornecedores de alimentos entregues a domicílio como marmitas e pizzas; vendedores de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal.
Nacionalidade
Além de brasileiros, buscaram a formalização empreendedores de outros 99 países como bolivianos, com 646 registros. A lista reúne argentinos, chilenos, portugueses, chineses, italianos, angolanos, libaneses, alemães e japoneses, entre outros.
Idade
No recorte por idade o levantamento mostra que as formalizações abrangem desde empreendedores de 16 anos até aqueles com idade acima de 70 anos. A grande maioria está na faixa entre 21 e 30 anos e, principalmente, entre 31 e 40.
No recorte por estado, aquele com maior índice de empreendedores entre 16 a 17 anos é Santa Catarina, com 0,24%. No grupo de 18 a 20 anos, lidera o Acre, com 4,54%. Já o estado com o maior índice acima de 70 anos é o Rio de Janeiro, com 0,49%.
Sexo
Os homens lideram as formalizações com 55%, mas as mulheres já são 45%. No Piauí, o percentual já é igual: 50% homens e 50% mulheres. No Acre, Roraima e Sergipe elas são 49%. Em Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo e Maranhão as mulheres ficam com 48%. No recorte por capitais, as mulheres estão na dianteira em Teresina (PI), com 52,80% dos registros, São Luiz (MA), com 52,57%, e Aracaju (SE), com 51,29%.
Nas demais capitais, os homens superam as mulheres com índices acima de 50%. As maiores diferenças foram registradas em Recife (PE), onde os homens são 59,86%, e em Florianópolis (SC), na qual representam 59,62% e as mulheres, 40,38%. Os homens são maioria em todas as regiões, sendo o maior índice registrado no Centro-Oeste, com 55,53%, e o menor, no Sudeste, com 54,44%.
Como trabalham
Conforme o levantamento, 70,02% dos empreendedores individuais exercem a atividade em domicílio. Em todas as regiões, o índice dos que trabalham em domicílio supera os 70%, com exceção apenas para o Sudeste, com 66,65%. O maior índice é registrado no Norte, com 77,68%. Quanto à forma de atuação, o levantamento mostra que 58,09% atuam em estabelecimento fixo; 20,32% no serviço porta a porta, postos móveis ou ambulantes; 8,52% trabalham em local fixo, mas fora da loja; 6,75% atuam com internet, 3,18% com televendas; 2,16% com Correios e 0,94% com máquinas automáticas.
Avanços
Na avaliação do gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, os dados trazem especialmente duas constatações. A primeira atesta que o programa está atendendo o seu público-alvo e contribui para fortalecer e possibilitar o crescimento dessas atividades, a exemplo da migração para a microempresa. A segunda refere-se a dados que servem para orientar políticas públicas direcionadas para esse público.
“O fato de que mais de 70% dos empreendedores exercem a atividade em domicílio pode contribuir para a definição de políticas públicas que facilitem o licenciamento de empreendimentos domiciliares”, exemplifica o gerente.
Serviço
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Fonte: Agência Sebrae