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Nesta quinta-feira, dia 1º de julho, faz um ano que entrou em vigor a Lei Complementar 128, que instituiu a figura jurídica do Empreendedor Individual
Da ASN/PR
Curitiba - A Lei Complementar 128, que instituiu a figura jurídica do empreendedor individual no Brasil, completa um ano de vigência nesta quinta-feira, dia 1º de julho. Criada para facilitar a formalização de trabalhadores autônomos como manicures, costureiras, carpinteiros, cabeleireiros, pintores, artesãos e sapateiros, entre outros, a legislação formalizou no Paraná, até 21 de junho, 20.254 empreendedores, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br), meio utilizado pelos os empreendedores para formalizarem-se, entrou em operação no Paraná em setembro do ano passado. O Estado está em quinto lugar no ranking nacional de formalizações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Curitiba é o município paranaense com o maior número de formalizações, 3.683, conforme o levantamento, seguido de Londrina (990); Cascavel (799); Foz do Iguaçu (786); Maringá (681); Ponta Grossa (643); São José dos Pinhais (463); Toledo (414); Apucarana (348); Colombo (321); Araucária (298); Pinhais (259); Arapongas (243); Paranavaí (240); Umuarama (229); Pato Branco (222); Guarapuava (209), Sarandi (200) e Campo Mourão (193). Dos 399 municípios do Estado, 382 possuem ao menos um empreendedor individual, demonstrando a possibilidade de formalização em praticamente todos os municípios do Estado.
“Os empreendedores encontraram uma oportunidade concreta para conquistar a cidadania empresarial, o direito de emitir nota fiscal, ter acesso ao crédito e à previdência social. Ninguém é informal por que quer, mas sim por que não teve oportunidade de se legalizar antes”, diz o superintendente do Sebrae Paraná, Allan Marcelo de Campos Costa. Segundo ele, o Sebrae tem como desafio fazer os empreendedores individuais, recém-formalizados, pensarem e agirem como empresários, obtendo êxito nos negócios.
"O Sebrae pode ajudar antes e depois da formalização do negócio", assinala Campos. O superintendente cita as soluções oferecidas pela entidade para quem quer abrir um pequeno negócio e para quem já é empresário de micro e pequena empresa. "O Sebrae Paraná disponibiliza informações técnicas, palestras, cursos, programas, soluções em mercado, finanças, processo produtivo. Com isso, os empreendedores passam a ser competitivos."
Sonho realizado
Leniza Souza Reis da Silva é de Tunas do Paraná, mas viveu 28 anos em Curitiba. Sempre teve o sonho de ter uma loja, porém o marido a alertava sobre os custos que teria com o aluguel e despesas com funcionários. Ao retornar para Tunas, no Vale da Ribeira, o marido comprou um imóvel no centro da cidade com disponibilidade para um espaço comercial, que foi locado. Leniza realizou o sonho quando o locatário lhe ofereceu o estoque de roupas femininas e masculinas. Leniza comprou o estoque, abriu a sua tão desejada loja em março deste ano e se formalizou como empreendedora individual há cerca de 15 dias, durante um mutirão realizado no município, com o apoio do Sebrae e Prefeitura de Tunas do Paraná.
“Estou realizando um sonho muito antigo, me formalizando, e vou participar do Programa Negócio a Negócio (uma solução do Sebrae que prevê visitas e atendimentos de consultores capacitados pela entidade em microempresas com até 4 funcionários e que não sejam clientes) para me profissionalizar cada vez mais e ver minha loja prosperar, crescer cada vez mais. Pretendo agora colocar máquinas de cartões e modernizar meu sistema de crédito, diminuindo as vendas no caderno”, diz Lenize da Silva, orgulhosa por ter se tornado, também no papel, dona do próprio empreendimento.
Razão para crescer
No município de Coronel Vivida, sudoeste do Estado, Maristela Stanger Gaio formalizou sua atividade na fabricação de doces em janeiro deste ano. Especializada em doces para festas em geral, a empreendedora conta que trabalhou quase três anos na informalidade, o que a impedia de crescer. “Eu tinha medo de colocar uma placa na frente de casa, tinha medo de oferecer meu produto num mercado, mesmo sabendo que é um produto bom”, revela.
Para se formalizar, Maristela buscou informações no Sebrae e hoje tem produtos à venda, com a marca Téia Doces, em Coronel Vivida e municípios vizinhos. “Eu sempre fui empreendedora e, com o Empreendedor Individual, agora sou uma empresária de verdade”. Maristela também faz um apelo a outros empreendedores que desejam se formalizar. “Busquem a informação, procurem o Sebrae e vejam como é possível crescer fazendo aquilo que a gente gosta e ser reconhecido como um empresário ou empresária”, testemunha.
Novos rumos
Antes de se tornar Empreendedor Individual, o londrinense Domingos Miguel do Nascimento, 43 anos, foi funcionário de muitas organizações e sócio de quatro empresas no ramo de confecção, gráfica, venda e instalação de rádio amador e restaurante. “Erros como a falta de planejamento, levantamento prévio de informações e divergência de opinião com sócios foram alguns fatores que levaram ao encerramento das empresas. Os resultados foram prejuízos, perda de capital e acúmulo de dívidas”, recorda o empreendedor.
O conhecimento sobre a nova figura jurídica veio pelo noticiário de tevê, em setembro de 2009. Depois de se certificar com um contador de que poderia aderir ao Empreendedor Individual, Domingos do Nascimento procurou o escritório do Sebrae em Londrina e formalizou-se como prestador de serviços de manutenção de máquinas hidráulicas, ofício que aprendeu aos 15 anos. Em apenas duas semanas, o empreendedor já contava com registro no CNPJ e bloco para emissão de notas fiscais. “Antes de poder emitir nota fiscal, quando um cliente exigia o documento, precisava emprestar a nota de outra empresa, arcando com o custo de 11% sobre o valor total do serviço”, conta.
Agora, Domingos do Nascimento enumera os benefícios da formalização: “Por estar legalizado, pude conquistar um grande cliente do ramo de construção civil e continuar atendendo antigos clientes que passaram a exigir a nota fiscal.” O empreendedor está otimista com os rendimentos atuais e planeja migrar da atividade de manutenção para a compra e venda de equipamentos hidráulicos. Ele estima uma alta no faturamento de cerca de 150% e a contratação de dois funcionários para auxiliá-lo.
Serviço:
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Fonte: Agência Sebrae